quarta-feira, 10 de março de 2010

Eva Regina: ícone do Jornalismo Esportivo em Mato Grosso do Sul

“Vou ser a primeira mulher narradora do Brasil”, brinca a jornalista

Eva Regina é repórter da TV Brasil Pantanal, onde faz o programa “No tempo da bola” e também tem um programa esportivo na Rádio Cultura AM. Ela é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e pós-graduada em Imprensa Esportiva.
Dentre vários trabalhos na área do jornalismo esportivo, trabalhou um ano na Rádio Transamérica no programa “Papo de Craque”.
Destaque em Mato Grosso do Sul por ser uma das poucas mulheres que trabalham com jornalismo esportivo no estado, Eva Regina, além de repórter, já foi comentarista e brinca: “Vou ser a primeira mulher narradora do Brasil”.
Ela nasceu em Maringá, mas mora desde pequena em Campo Grande. Sempre gostou muito de esporte, revela que era uma criança que adorava assistir competições, principalmente jogos de futebol. Esse interesse pelo esporte surgiu por influência do pai e dos irmãos. “Eu tenho 3 irmãos mais velhos, então eles eram minha referência. Eu ia muito ao estádio”. E foi nessa época, que surgiu o amor pelo Palmeiras. “Meu pai era palmeirense, a paixão veio de berço”. O interesse pelo jornalismo também não demorou a aparecer. “Desde criança, gostava muito de escrever, de relatar algum fato do meio esportivo”.
Mas não foi fácil conquistar a confiança das pessoas. A situação era complicada, principalmente quando Eva Regina estava nos estádios. “Muita gente ficava olhando e falando: e essa menina, aí?”. Ela lembra um fato que marcou essa fase de desafios na cobertura esportiva. “Uma vez estava cobrindo um jogo e um rapaz perguntou sobre o gol. Expliquei que tinha sido cruzamento etc. Depois de um tempo, eu vi o rapaz fazer a mesma pergunta a outro homem. Ou seja, ele não confiou na minha informação”. Mas depois de muita experiência e trabalho, hoje, as pessoas e os jornalistas, além de respeitá-la, sempre ligam para pedir informações.
A jornalista avisa que, a mulher que quiser trabalhar nesta área, precisa gostar muito e entender um pouco ou, pelo menos, buscar acompanhar o que está acontecendo. Além de ter muita coragem, para enfrentar os desafios. “Você tem que provar muito, e a mulher no esporte não pode errar, se o homem errar, tudo bem”.
Mas ela explica que, independente de qualquer coisa, para trabalhar com jornalismo esportivo é preciso estar sempre bem informada, ter fontes confiáveis, muita atenção e cuidado, pois cada hora pode mudar alguma coisa, o técnico, um jogador.

Adriana Queiroz